Hoje...
Quero o pouco do muito
E o muito do pouco
Quero ver nuvens azuis num céu branco
Quero ver a mulher feia se fazendo bela
Para esperar seu amado
Quero ver o homem triste sendo feliz
Hoje.....
Quero ver a criança suja sendo limpa
Quero sentir meu estômago vazio
Para sentir a fome de quem tem fome
Quero ver o bandido tendo arrependimento
Hoje...
Quero andar descalça vestida de vestido longo
Para sentir o calor da terra
Quero ver o ser humano sem dor
Quero ser hoje o que não fui ontem
Para não ser amanhã como sou hoje
Hoje...
Eu quero ser...somente ser.
Ana Maria De Medeiros Diniz
02/06/2010
Lindo poema! Articula realidade e desejos e termina em somente ser, dando uma ideia de continuidade, pois ser jamais será somente.Beijos, poetisa!
ResponderExcluirNo cárcere
ResponderExcluirNão fiquei quieto diante meu cárcere.
Aproveitei as paredes e escrevi sobre este momento.
Nos porões não há como se sujeitar da infeliz situação.
Manifestei-me!
Usarei os carrascos para torná-las evidentes!
... O que fiz na prisão foi disseminado além muro...
Sustentei-me!
Permaneci firme diante meus torturadores.
Pois a liberdade de escrever é potente e
Não há cárcere que derrube.
Poty – 29/05/2010
A busca incessante pelo amor. Esse amor puro, repleto de doação. Encontro dos desencontros da alma. Assim é sua poesia. Momento de desapego do tudo para construção sobre o nada de um novo caminho. A restauração do homem pelo próprio homem. Assim é sua poesia. Assim deve ser voce.
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